Organizadores: Mai Corland
Editora: Galera Record
Páginas: 462
Ano de publicação: 2024
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Que o melhor mentiroso vença. O rei de Yusan precisa morrer. Os cinco mentirosos mais perigosos do reino foram convocados para matar o deus-rei Joon. Uma morte encomendada — e merecida, por sinal. Sob sua imortal mão de ferro, os nobres prosperam enquanto os pobres e os inocentes são presos, arruinados ou vendidos.E agora cinco lâminas irão atrás dele. Uma donzela venenosa, um mercenário rabugento, um príncipe exilado, um espião ardiloso e uma ladra habilidosa. E nenhum deles consegue resistir à doce e letal sede de vingança.Todos concordam com assassinatos. Todos concordam com traições.No entanto, para esses cinco mentirosos, mestres em trapaças, mentiras e deslealdades, o objetivo em comum não é o suficiente para uma aliança. Afinal, não há compaixão quando se trata de traição.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Cinco lâminas partidas, lançado pela editora Galera Record. O livro é de autoria de Mai Corland e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Cinco assassinos, cada um com suas próprias motivações e cicatrizes, são reunidos em uma missão perigosa: matar o tirano imortal, Rei Joon, o Deus-Rei de Yusan. Sob seu governo opressivo, os nobres prosperam enquanto os pobres sofrem. Entre os conspiradores, estão um príncipe exilado, uma assassina que busca liberdade e um matador em busca de redenção. Embora compartilhem o desejo de vingança, confiar uns nos outros pode ser tão letal quanto seu objetivo. Em meio a traições e alianças frágeis, cada um deles esconde segredos e, no fim, apenas um poderá reivindicar o poder.
Em um mundo onde o poder é um jogo mortal e a lealdade uma ilusão perigosa. A narrativa acompanha cinco personagens, cada um com suas motivações e segredos, unidos por esse objetivo em comum. Os protagonistas, que incluem desde assassinos letais até um príncipe exilado, são obrigados a trabalhar juntos, mas a confiança entre eles é uma moeda rara — e talvez isso tenha sido o que eu mais achei interessante no livro — e o conflito entre o desejo de vingança e a necessidade de sobrevivência é o combustível que move o início dessa história.
O ponto mais forte desse livro está na diferentes motivações dos personagens principais. Cada um deles carrega suas próprias cicatrizes e suas histórias de fundo oferecem diferentes objetivos: O assassino busca redenção por suas ações passadas, a assassina deseja apenas liberdade, e o príncipe exilado precisa lidar com as consequências de seus crimes.
No entanto, alguns aspectos do livro deixam a desejar. A construção de mundo, por vezes, é meio fraca. Há menções superficiais sobre o sistema político e social de Yusan, mas elas raramente são exploradas de maneira interessante ou que nos envolva completamente. Além disso, o ritmo da narrativa é prejudicado por repetições que, em alguns momentos, diminuem a intensidade da história, já que a autora parece insistir em pontos óbvios sem deixar espaço para que os leitores tirem suas próprias conclusões. Isso pode ser frustrante, principalmente em passagens onde o suspense poderia ser mais bem aproveitado.
Outro ponto que divide opiniões é o romance. A relação entre alguns personagens, especialmente nos pares românticos, surge de forma abrupta e sem a devida construção emocional. E talvez eu seja meio suspeito pra falar disso, já que prefiro muito mais o lado mais fantasioso e eletrizante do livro do que o romance em si, mas amo quando os dois trabalham de forma conjunta para ampliar a narrativa... E não foi muito o que aconteceu aqui.
Apesar dessas ressalvas, Cinco Lâminas Partidas é uma leitura que entrega bons momentos de tensão e ação. A trama ganha força nos momentos em que Corland desacelera e se concentra nas histórias de fundo dos personagens, revelando camadas mais profundas de suas personalidades e motivações. O clímax da história oferece uma reviravolta satisfatória, mesmo que um pouco previsível.
Se lerei a continuação? Provavelmente não, mas paciência!