Organizadores: Ava Reid
Editora: Galera Record
Páginas: 336
Ano de publicação: 2024
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Effy Sayre sempre acreditou em contos de fadas, não que tivesse muita escolha: desde pequena, foi assombrada por visões do Rei das Fadas. Sua única escapatória foi mergulhar na célebre história de Angharad, escrita por Emrys Myrddin, sobre uma garota humana que se apaixona pelo Rei das Fadas, e então causa sua destruição.O seu exemplar antigo e surrado do livro é o que mantém Effy seguindo em frente durante seu primeiro ano do curso de arquitetura na prestigiosa universidade Llyrian. Então, quando a família de Myrddin anuncia um concurso para escolher alguém para remodelar a mansão do autor, ela não tem a menor dúvida de que nasceu para isso.Mas a Mansão Hiraeth não é para amadores: antiquada e em ruínas, está a dois passos de desmoronar no tempestuoso mar que a rodeia. Mas, assim que Effy chega ao local, descobre que alguém já vive lá: Preston Héloury, um jovem e rabugento acadêmico de literatura, que está decidido a provar que o autor favorito dela não passa de uma fraude.Os dois estudantes rivais começam a investigar o legado do recluso autor, encontrando pistas deixadas em cartas, livros e diários, e descobrem que não é só a estrutura da casa que tem sérios problemas. Forças sombrias, tanto humanas quanto mágicas, estão conspirando contra eles — e a verdade desenterrada pode significar o fim do caminho para ambos.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Lições sobre afogamentos, lançado pela Galera Record. O livro é de autoria de Ava Reid e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
A protagonista da vez é Effy Sayre, uma jovem arquiteta que vive atormentada por visões do Rei das Fadas desde a infância. Sua única fuga dessas imagens perturbadoras foi o clássico Angharad, escrito por Emrys Myrddin. A obra conta a história de uma humana que se apaixona pelo Rei das Fadas e, no fim, acaba destruindo-o.
Fascinada por esse mundo, Effy vê uma oportunidade única de se reconectar com seu ídolo literário quando surge um concurso para restaurar a mansão Hiraeth, o lugar onde Myrddin viveu. Mas é aqui que as coisas começam a desmoronar – literalmente.
A mansão está em péssimas condições, quase caindo no mar. E, para piorar, ela não está sozinha nessa missão: Preston Héloury, um acadêmico de literatura rabugento, também está no local, determinado a provar que o autor favorito de Effy é uma fraude. O que parecia ser uma oportunidade de ouro logo se transforma em uma corrida para desvendar os mistérios da mansão e do próprio Myrddin, antes que forças sombrias e mágicas acabem com tudo.
Confesso que, em certos momentos, a história se arrasta, especialmente na metade do livro. A narrativa tem um desenvolvimento mais lento do que o esperado, o que pode tirar um pouco do fôlego da leitura. Além disso, embora a proposta seja legal (e eu goste muito do gênero), a abordagem dos temas se inclina para o lado mais juvenil do que eu achei que iria. A escrita e algumas situações caem em um tom mais simples, onde as principais situações que eram pra causar um clímax na narrativa acabam sendo deixadas de lado.
Os personagens, embora carismáticos, também sofrem com uma certa superficialidade. Effy e Preston têm potencial, mas suas motivações e conflitos internos nem sempre são explorados de maneira profunda. Isso faz com que o envolvimento emocional com eles seja limitado, o que pode frustrar quem espera um mergulho mais denso nas camadas psicológicas dos protagonistas.
Mesmo com esses pontos, o livro ainda entrega uma experiência interessante, especialmente para quem aprecia uma boa ambientação gótica e mistérios sobrenaturais, mas vale destacar essas ressalvas sobre a construção narrativa.