Organizadores: Cullen Bunn & Tyler Crook
Editora: DarkSide Books
Páginas: 160
Ano de publicação: 2025
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Conectado por uma rede de milhares de portais, o governo interplanetário da Hegemonia do Homem se vê ameaçado por uma conspiração sem precedentes. Quando naves alienígenas tomam os céus de Hyperion e uma criatura imbatível se ergue para amedrontar a população no solo do planeta, medidas hão de ser tomadas. Se o controle não for restabelecido, o progresso secular de uma civilização com dezenas de bilhões de indivíduos estará em risco.Esse destino está nas mãos de um grupo de peregrinos enviado às Tumbas Temporais após longa viagem. Um a um, deverão sacrificar-se ao Picanço em uma batalha da qual só haverá um sobrevivente. A redenção pessoal não é uma alternativa.Uma saga espacial única, conceitos instigantes, questionamentos à conduta durante guerras e a convivência entre inteligências artificiais e humanos combinam-se nesta continuação de proporções épicas, escrita com a qualidade literária premiada de Dan Simmons.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Condado Maldito Vol. 8: Guerra das Bruxas, lançado pela editora DarkSide Books. Autoria de Cullen Bunn & Tyler Crook e tem tradução de Jim Anotsu. A resenha foi escrita por Leonardo Santos.
E chegamos ao fim. Depois de acompanhar Emmy por tantos caminhos tortuosos, pela floresta densa e escura de Harrow, pelos terrores escondidos nas sombras e pelos sussurros vindos das raízes da terra, é impossível não sentir uma pontada no peito ao virar a última página de Guerra das Bruxas, o oitavo e último volume de Condado Maldito.
Desde o início da série, ficou claro que essa não seria uma história fácil — nem para Emmy, nem para nós. Vimos ela crescer, errar, enfrentar horrores e carregar um fardo que nunca pediu. Mas aqui, nessa despedida INCRÍVEL, Emmy precisa enfrentar as consequências das próprias escolhas. Tudo que ela tentou proteger agora está à beira do colapso, e a guerra mágica que se anuncia não deixa muito espaço para hesitações.
É impossível não se sentir envolvido com esse embate final entre luz e trevas, onde cada página pesa — e cada decisão, também. Uma figura antiga retorna, e junto com ela vem o eco de tudo que Emmy tentou enterrar. O Condado de Harrow se torna o palco para a batalha definitiva, e mesmo quem acompanhou fielmente cada volume pode se surpreender com os rumos que essa história ainda é capaz de tomar.
A arte de Tyler Crook continua assombrosamente bela. A aquarela que já nos conquistou lá no primeiro volume volta aqui mais madura, mais expressiva. Há cenas que parecem pinturas vivas de pesadelos e momentos delicados que ganham vida com uma suavidade quase mágica. O contraste entre o grotesco e o etéreo nunca funcionou tão bem quanto agora.
Um presente à parte neste volume final são as mais de 20 histórias inéditas ambientadas nesse universo sombrio. Elas expandem o que já conhecíamos e nos fazem perceber que, mesmo com o fim da saga principal, Condado Maldito ainda guarda muitos sussurros para contar.
Essa série vai deixar saudade. Não só pela originalidade da trama ou pelo domínio narrativo de Cullen Bunn, mas porque conseguiu algo raro: construir um universo próprio, com suas lendas, seus monstros e sua alma. E, acima de tudo, com uma protagonista que nos desafia o tempo todo — não com heroísmos fáceis, mas com dilemas que mexem com a essência do que é ser humano.
Fecho o livro com o coração apertado e a certeza de que Condado Maldito já tem seu lugar entre as melhores obras de folk horror dos quadrinhos contemporâneos. A DarkSide® e a Macabra mais uma vez provaram que sabem muito bem o que estão fazendo. Agora me resta encarar o silêncio da última página e, talvez, voltar para o início. Porque no Condado de Harrow, os ciclos nunca se fecham por completo.




















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