Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler Quando o Coração Sangra, lançado pela editora Casa de Astérion. O livro é de autoria de Eliete de Fátima Guarnieri
Há um limite para a maldade? E para a dor? Uma alma melancólica. Um sonho profano. Dois passageiros. Um ato de desespero. Uma doença. Uma manhã de novembro. Um corpo feminino. Um desejo. Uma jovem de 16 anos. Uma tragédia. Uma escolha. Uma rebelião. Uma heresia. Treze textos em que os corações das personagens sangram em razão de abalos físicos ou psicológicos e que farão sangrar, também, o coração do leitor. E não haverá redenção que estanque o sangramento.
1. Contos curtos, cortes profundos
Um dos maiores méritos de Quando o Coração Sangra é a forma como os contos são estruturados. Curta, direta e muitas vezes crua, a escrita de Eliete se recusa a suavizar ou romantizar as dores que apresenta. Cada texto é uma cápsula emocional concentrada, sem floreios, sem meias palavras. O impacto não vem de reviravoltas mirabolantes, mas sim da honestidade brutal com que as narrativas são conduzidas. Há algo de implacável nos personagens que se despem de qualquer filtro social para expor o que sangra por dentro. O resultado é uma leitura intensa e visceral que segue ecoando mesmo após o ponto final.
2. Um mergulho necessário em temas difíceis e silenciados
Anorexia, depressão, dependência emocional, psicopatia, sistema prisional, relações familiares adoecidas, automutilação. Em Quando o Coração Sangra, esses temas não estão ali apenas como pano de fundo: eles são o núcleo das histórias. E Eliete os aborda com coragem e humanidade, sem cair no didatismo ou na banalização da dor. Em contos como “Efeito Sanfona” e “No Presídio”, a autora propõe uma experiência desconfortável, mas necessária, nos lembrando do que costuma ser ignorado ou varrido para debaixo do tapete. Ler esses contos é um ato de empatia — e também de resistência frente a uma literatura que muitas vezes prefere o belo ao verdadeiro.
3. O fechamento contundente de uma trilogia sobre o corpo e a alma
Se nos volumes anteriores da trilogia a autora já apontava para a desconstrução da aparência, da identidade e do pertencimento, Quando o Coração Sangra parece reunir todas essas fraturas para, enfim, assumir que nem tudo se reconstrói. O corpo, que gritava em Quando o Estômago Grita, e a alma, que vagava em Quando a Alma Viaja, agora sangram — e não há promessa de cura. Ao concluir sua trilogia com esse livro, Eliete reafirma sua proposta estética e existencial: a de falar sobre a dor com precisão e beleza, sem enfeites desnecessários. Esse último volume não é uma conclusão no sentido tradicional, mas uma espécie de abertura de ferida — uma lembrança de que algumas histórias não têm fechamento, apenas continuação dentro de quem lê..
E aí, ficou curioso? Comece agora mesmo a ler esse livro!




















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