Organizadores: Sara B. Elfgren
Editora: PoseidonCompre através deste link.
Após ser misteriosamente lançada ao mar, Vei é resgatada por um barco Viking e retorna à sua terra, Jotunheim, onde ela se torna a peça principal de um jogo sangrento entre humanos, gigantes e os deuses de Asgard, que irá determinar quem terá o direito de reinar sobre Midgard. Tendo a seu lado o valente humano Dal, Vei e as outras campeãs de sua terra disputam o Meistarileikir contra os escolhidos de Odin, lutando pelas próprias vidas, em uma batalha épica entre guerreiros, valquírias e monstros. No entanto, nada poderia preparar Vei para o maior inimigo de todos: o Trezeno. O segredo mais bem guardado de Odin que pode destruir todo o mundo.”
Fala galera do Porão Literário, tudo certo?
Hoje a resenha é de uma HQ que me arrancou fôlego, arrancou certezas, e entregou um final que só posso descrever como... divinamente brutal. O título da vez é Vei – Volume 2, publicado pela Poseidon, da Faro Editorial. A HQ é escrita por Sara B. Elfgren e ilustrada pelo talentosíssimo Karl Johnsson. A resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Se o primeiro volume já nos mergulhava em uma fantasia nórdica diferente de tudo o que estamos acostumados, este segundo vem com o único objetivo de virar tudo do avesso. A história retoma logo após os acontecimentos do final anterior, com Vei, nossa protagonista, em pleno combate pelo Meistarileikir, o torneio sanguinário onde campeões se enfrentam em nome dos deuses.
Mas aqui, a luta é muito maior do que por glória ou honra. É uma disputa por narrativa. Por verdade. E Vei, mesmo relutante, é a peça central de um jogo sujo travado entre deuses, gigantes e humanos.
O que mais me prendeu nessa continuação foi a maneira como o quadrinho desmonta o panteão nórdico. Odin é manipulador, Loki é mais político que caótico, e os gigantes, por mais que carreguem o papel de oprimidos, também escondem seus podres. O senso de certo e errado se dissolve conforme os capítulos avançam, e o roteiro obriga a gente a desconfiar até da fé.
Vei, que já tinha me ganhado como personagem no volume anterior, aqui se transforma. Ela não é mais só uma guerreira tentando sobreviver, ela é um símbolo. Carrega dúvidas, raiva, compaixão e um senso de justiça que desafia até o que é considerado divino. E isso é poderoso! Não porque ela se torna imbatível, mas porque ela escolhe não se dobrar diante das estruturas que a querem silenciar.
A arte continua surreal. Johnsson desenha batalhas como quem orquestra um trovão. Cada página é um impacto. Os combates são viscerais e as cores vibrantes criam uma atmosfera de fantasia quase cinematográfica, sem perder a crueza da guerra.
E por mais que o ritmo seja cheio de ação, o roteiro tem seus momentos de pausa. Reflexões sobre destino, fé, e o papel do indivíduo frente ao sistema dos deuses surgem o tempo todo, às vezes no meio do sangue, às vezes no silêncio entre batalhas. A HQ não te entrega respostas fáceis, e é exatamente isso que a torna tão boa!

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