Organizadores: Luiz Gustavo Oliveira da Cunha
Editora: IndependenteCompre através deste link.
Nas convocações anuais do Reino de Proelia, onde mercenários são recrutados para resolver disputas menores, Elena dos Corvos, a Comandante da célebre Irmandade dos Corvos, aceita a missão de controlar um surto mortal: a praga vermelha, que assola uma pequena comunidade e ameaça se espalhar para além de suas fronteiras. No entanto, o que começa como um trabalho de contenção logo revela algo muito mais sombrio. Elena se depara com um mal antigo, surgido das sombras, o mesmo que, anos atrás, tirou a vida de seu pai. Agora, guiada por um desejo incontrolável de vingança, Elena segue uma trilha perigosa que pode exigir um preço terrível — o sacrifício de muitas vidas, e talvez até de sua própria sanidade..
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Vidas Efêmeras — Parte I, lançado de maneira independente. O livro é de autoria de Luiz Gustavo Oliveira da Cunha e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Acompanhamos aqui Elena dos Corvos, uma comandante feroz que lidera a conhecida Irmandade dos Corvos, uma companhia de mercenários famosa no Reino de Proelia. Numa convocação anual, Elena aceita o que, a princípio, parecia ser apenas mais uma missão em seu longo histórico de mais de noventa anos de existência: conter uma praga mortal, a chamada praga vermelha, que ameaça devastar uma comunidade e se espalhar para além das fronteiras.
Só que, conforme os capítulos avançam, o que parecia um trabalho de contenção se revela muito mais sombrio. Elena precisa lidar com forças antigas, as mesmas responsáveis pela morte de seu pai, e embarca numa trilha marcada por sangue, vingança e escolhas que podem custar não só vidas inocentes, mas também sua própria sanidade.
Acho que esse livro era tudo o que eu precisava ler nesse momento! Pra começar, amo fantasias e amo ainda mais quando é escrita por algum autor nacional. Aqui, Luiz cria uma narrativa que é densa e muito descritiva, coisa que já estou acostumado, mas pode ter gente que ache um tanto cansativo os longos diálogos ou reflexões dos personagens aqui apresentados; mas creio que seja uma questão de continuar a ler que, conforme você entra na história, as conjecturas se tornam mais comuns.
Dito isso, gostei bastante de como Luiz Gustavo constrói suas batalhas: elas são dinâmicas, cheias de ritmo, e ao mesmo tempo não deixam de ser brutais e viscerais. Existe uma cadência quase poética no modo como a violência é descrita, e isso reforça bem a proposta do título: tudo é efêmero, inclusive a vida dos personagens que se lançam nessas guerras; e sim, temos momentos de pura adrenalina no livro.
Além de Elena, que é claramente o coração da história, outros personagens se destacam bastante, como Forso, Oto e Antero, cada um com seu jeito próprio e seus traços muito bem definidos. É fácil simpatizar (ou se irritar) com eles, o que dá bastante realismo ao grupo da Irmandade. Outro ponto positivo é como o autor insere reflexões filosóficas em meio à ação. Em vários momentos, a narrativa questiona o custo da guerra, a banalidade da morte e até mesmo a linha tênue entre justiça e fúria, especialmente quando pensamos na sede de vingança que move Elena.
O mundo de Proelia é sombrio, sangrento e com um passado/enigma que vai se desvendando conforme a narrativa avança. Gostei muito da forma como somos levados a novas perguntas, novos conflitos e novas descobertas no decorrer do enredo e a forma como Luiz escreve incentiva muito isso! Seja em relatos quase que lovecraftianos ou no embate filosófico e, muitas vezes, assustador proposto.
No fim, Vidas Efêmeras – Parte I é uma baita surpresa dentro da fantasia nacional. Para quem gosta de batalhas bem construídas, medos internos (e externos), dilemas morais e personagens complexos, essa leitura é praticamente obrigatória. E confesso que terminei curioso para ver os próximos passos da saga, porque o universo criado aqui tem muito fôlego para crescer.


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