ENTREVISTA COM MAYA LYGYA

Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês uma entrevista feita com Maya Lygya, autora de Show de Vida. 

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1. Seu início de vida foi marcado por abandono e pobreza. Qual foi o momento de virada em que você decidiu que seu futuro seria diferente?

Foi quando decidi que iria fazer a Universidade Federal de Dança. Um sonho aos 6 anos de idade que se tornou realidade aos 21 anos de idade. Isso prova que nunca é tarde para realizar nossos sonhos.

2. Você revela traumas profundos com uma honestidade brutal. Por que escolheu ser tão vulnerável e o que espera que os leitores aprendam com isso?

Escolhi ser vulnerável por que só assim considero minha missão na terra sendo feita com honra, honestidade, verdade crua e emocionalmente nua.

Espero que os leitores se inspirem, se motivem e aprendam que se uma mulher, artista, negra e sem grana conseguiu alcançar o topo da montanha ele ou ela também pode conseguir, é só pensar fora da caixa. Espero que aprendam que usando persistência, atrevimento, teimosia e criatividade, o sonho desejado será realizado.

3. Após o 11 de setembro, você abandonou uma carreira de sucesso no show business. Como essa mudança radical redefiniu seu conceito de "Show de Vida"?

A vida pra mim é SHOW por diversas razões uma delas é o poder que temos de escolher transformar nossas vidas em um novo aprendizado, coreografar uma nova dança, imaginar uma nova visão ter a coragem de ir além do obvio, do normal e experimentar o show do extraordinário. 

 4. Você se tornou uma "madrinha" para artistas brasileiros que chegavam a Nova York. Por que era tão importante para você ajudar outros a vencerem, e como isso se conecta à sua própria história?

Ser madrinha para artistas brasileiros lá fora pra mim era o obvio a fazer, era como se estivesse aumentando minha família brasileira, e mostrando aos americanos como somos criativos e excepcionais em nossa maneira de ser. Não pensava duas vezes nesse sentido, eles chegavam e eu os acolhia sem perguntas ou exigências.

Eu sabia que tinham um certo medo, de chegar naquela cidade gigante. Eu nunca esqueci meu próprio medo quando cheguei sem um amigo para me acolher. Quis ser essa amiga pra eles. Sem pensar eu me sentia feliz por poder ser uma oportunidade de trabalho e acolhimento a moda brasileira para meus conterrâneos.

Eles fizeram parte da minha história, sem eles minha companhia de dança e banda não teria o mesmo brilho, não seria autêntica não teria o saber do talento e jogo de cintura brasileiro. Na minha opinião foi por isso que fizemos tanto sucesso.

5. Depois de tudo que viveu, qual é a lição mais importante que você aprendeu sobre como criar a própria felicidade, independentemente das circunstâncias?

A lição mais importante que aprendi foi (e continua sendo) a jornada do aprendizado do amor próprio.

Amar a mim mesma me deu o poder de amar aos outros sem exigir o mesmo em troca. Essa é a grande lição da vida ao meu ver.

Quando a gente se ama de verdade a gente se cuida, a gente sorri todos os dias pelo menos uma vez, a gente observa nossos próprios pensamentos e honra nossos próprios sentimentos. Agente se conversa, se entende e se perdoa sem drama. A gente se estuda, se questiona, se empodera rindo de si mesma só por ser feliz em existir e fazer o bem, fazer a diferença, fazer o imprevisível e se surpreender prazerosamente com os resultados realizados.

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