Organizadores: Marcelo Lapenda
Editora: IndependenteCompre através deste link.
“Após o falecimento de sua mãe, resgatando alguns rascunhos e traçar o índice de uma homenagem póstuma, o autor, não revestido de narrador, mas como um interlocutor, fala de forma direta a ela, reforçando marcas que nele ficaram, como também em outras pessoas, expondo seu afeto filial e demonstrando realizações, pensamentos e, por fim sentimentos do que um coração de mãe representa em cada um de nós.Não se trata de uma apresentação do que era, é e será, para o autor, sua mãe, ou mesmo um singelo ensaio biográfico, mas sim colocar em dia o bate papo, ainda que resumido, no início de uma nova e-terna conversa que para sempre terão.A complementar, em uma segunda parte, algumas crônicas rascunhadas pela sua mãe, sobre coisas que a marcaram, escritas desde logo após o falecimento de seu esposo, quando, ao caminhar na praia e tê-lo em seus pensamentos, encontrou uma Estrela do Mar!"
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje a resenha é do livro Marcas do que ficou! escrito por Marcelo Lapenda e Maria Clementina Lapenda. A resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Após o falecimento de sua mãe, o autor decide transformar lembranças, anotações e crônicas antigas em uma homenagem que ultrapassa o tempo. O livro nasce da vontade de continuar um diálogo interrompido pela ausência, mas mantido vivo pela escrita. Lapenda, sem assumir o papel de narrador, fala diretamente com a mãe, como um filho que conversa com quem ainda o escuta em silêncio, e é justamente essa ternura que guia toda a leitura.
A estrutura da obra é dividida em duas partes. A primeira, intitulada “Marcas do que ficaram em mim”, é escrita por Marcelo e funciona como um relato memorialístico. Nela, o autor revisita o passado e partilha as marcas que a mãe deixou nele e em todos que conviveram com ela. Entre lembranças familiares, fotos e reflexões sobre afeto, há uma busca constante por preservar a memória através da palavra.
Já a segunda parte reúne crônicas escritas pela própria Maria, mãe do autor. Esses textos começaram a ser produzidos após a morte do esposo, quando ela, caminhando na praia, encontrou uma estrela do mar, imagem que se tornaria símbolo de recomeço e inspiração. As crônicas refletem uma sensibilidade genuína, observando o cotidiano com delicadeza e emoção, revelando o olhar humano e afetuoso de quem transformava o luto em expressão.
A leitura de Marcas do que ficou! é uma experiência íntima, quase como folhear um álbum de memórias literário. As fotografias e os relatos criam uma atmosfera de saudade, mas também de celebração. Marcelo Lapenda escreve com ela. O resultado é um livro que transcende o tempo e o espaço, unindo gerações por meio da escrita e do amor.
Com pouco mais de cem páginas, é uma leitura breve, mas profundamente comovente. Um tributo sincero à presença que permanece mesmo na ausência.


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