Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler O Burocrata — A Nomeação, lançado de forma independente. O livro é de autoria de Lucas Pergon
A Nomeação integra a trilogia burocrática de Lucas Pergon: se O Burocrata (romance) apresentou o retrato maduro e desiludido do servidor público veterano, e seus contos as múltiplas facetas e personagens desse universo, A Nomeação captura o momento de iniciação, o rito de passagem que transforma cidadãos em engrenagens da máquina administrativa.Cada obra funciona independentemente, mas juntas criam um panorama abrangente e devastadoramente preciso da realidade administrativa nacional.Com A Nomeação, Lucas Pergon avança no seu ciclo literário e se estabelece como referência obrigatória para compreender a burocracia brasileira através da ficção. A trilogia - romance, contos e novela - demonstra a versatilidade do autor em explorar o mesmo universo através de diferentes formas narrativas, cada uma revelando aspectos únicos dessa realidade complexa.Pergon prova que a literatura pode ser simultaneamente entretenimento e denúncia, arte e documento social, confirmando-se como uma das vozes mais importantes da ficção brasileira contemporânea.
1. . A forma como o Lucas transforma a burocracia em literatura
Poucos autores conseguem fazer o que o Lucas faz aqui. Ele pega o que, pra muita gente, é sinônimo de tédio (carimbo, protocolo, despacho) e transforma em material de suspense, em algo quase sufocante. É impressionante como ele constrói a sensação de impotência dos personagens dentro de uma máquina que parece viva, que observa e pune. O texto tem ritmo, tem ironia, e mesmo quem nunca pisou num órgão público entende perfeitamente o peso daquelas engrenagens.
2. A crítica social disfarçada de trama kafkiana
O livro tem essa atmosfera meio O Processo, sabe? Tudo parece lógico até o momento em que deixa de fazer sentido. O autor cria um ambiente em que cada conversa esconde um jogo político, e cada decisão revela o quanto o poder pode ser arbitrário. O mais interessante é que essa crítica nunca soa panfletária — ela nasce do desconforto dos próprios personagens, da sensação de que integridade é quase um fardo dentro de um sistema que recompensa a conformidade.
3. A concisão e o impacto da escrita
A Nomeação tem só 40 páginas, mas é o tipo de leitura que te prende desde o primeiro parágrafo. Lucas escreve com precisão e economia, e cada frase carrega um subtexto. Não há excesso, nem floreio. Tudo é pensado pra sustentar o clima de tensão e estranhamento. Quando terminei, tive a sensação de ter lido algo muito maior do que uma simples novela. É aquele tipo de texto que te faz repensar o quanto o poder pode se infiltrar nas pequenas coisas.
E aí, ficou curioso? Comece agora mesmo a ler esse livro!
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