“Entre olhares que mentem e toquesque revelam, o prazer é a únicaverdade que resiste ao jogo.Em Paideia School, poder é moeda e desejo é arma. A rainha implacável e o plebeu indomável se entregam a um jogo de sedução onde cada olhar é uma ameaça e cada palavra, uma provocação."Encontre-me no local onde o mundo gira.""Quando o mundo gira, o pecado observa.""Eu consigo ver você."De um lado, Helena Taylor. Bela, arrogante, sedutora.A Rainha de Paideia School."Você vai viver assombrado pela minha presença nos seus pensamentos."Do outro, Clive Collins. Atlético, competitivo, rebelde.Um plebeu de Herargos."Você pode ter o poder, mas não me tem. Isso vai te corroer para sempre."O destino os coloca em rota de colisão."Eu vou acabar com você."Não tem como dar certo, mas jogo é jogo."Uma palavra: desista."Apostas, intrigas, revelações, traições.O mundo deles se encontra frenético."O império familiar respira apenas por quem carrega o sangue certo."Atração, sensualidade, lascívia.Resistir ao ímpeto de seus corpos não é preferência. É missão."Dizem que o proibido é mais gostoso.""Que comecem os jogos."
A narrativa se passa em Harargos, uma cidade onde as divisões sociais são extremamente demarcadas. Dentro desse cenário surge a Paideia School, um colégio que concentra tradição, status e uma ideia muito rígida de quem merece estar no topo. É nesse ambiente que acompanhamos Helena Taylor e Clive Collins, dois personagens que vivem em extremos opostos dessa estrutura.
Helena é apresentada como a rainha da escola, alguém acostumada a exercer controle sobre tudo ao redor. Só que, conforme avançamos, percebemos uma personagem muito mais complexa do que a imagem perfeita que ela sustenta. Clive, vindo de uma realidade completamente diferente, entra em Paideia sem qualquer interesse em agradar. A presença dele incomoda, provoca e rompe o ritmo confortável daquele lugar. A relação entre os dois nasce dessa colisão inevitável, sempre carregada de tensão e desejo.
Uma coisa que eu AMEI no livro é que ele traz diversas referências à mitologia grega, incorporadas ao texto de forma direta. Há menções a histórias como as de Afrodite, Hefesto e Ares, ecos de relações marcadas por desejo, traição e disputas de poder. Essas referências ajudam a reforçar o tom da história, especialmente no contraste entre domínio e vulnerabilidade que guia esses personagens — quase como se eles estivessem perto do divino.
Além deles, o livro apresenta personagens como Jane e Miguel, Dorian, Samara e Lindsay, todos inseridos em conflitos próprios que enriquecem o ambiente da escola e ampliam a compreensão de como Harargos funciona.
O ponto de maior intensidade da trama acontece no baile de formatura, onde segredos vêm à tona, decisões pesam e conflitos acumulados finalmente encontram um desfecho. Também é nesse momento que a leitura sobre Helena se torna mais clara. Entendemos melhor suas escolhas, sua história familiar e as pressões que moldaram sua personalidade.
Fechei o livro com a sensação de que Jonathan Kopp equilibra muito bem desejo, poder e crítica social. A narrativa trabalha temas como hierarquia, desigualdade e controle de maneira direta, sempre apontando como esses elementos afetam cada personagem.
Jogos da Sedução entrega uma história marcada por intensidade, mistério e personagens que evoluem ao longo das páginas. O contraste entre as múltiplas realidades é o que move tudo, mas o ambiente criado ao redor deles também sustenta muito bem a trama. Uma leitura envolvente, cheia de conflitos e com um uso interessante de referências à mitologia para fortalecer a construção dos personagens.




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