19 de outubro de 2021

RESENHA: LIVROS DE SANGUE VOL. 2



 
LIVROS DE SANGUE VOL. 2
Autor(a):  Clive Barker
Editora: DarkSide Books

Páginas: 240
Ano de publicação: 2021
Compre através deste link.

Para um cirurgião, cortar o corpo humano é uma arte. Músculo e carne são sua tela, o bisturi sua ferramenta. Ele estuda a composição dos órgãos ― seu equilíbrio e forma ―, a estrutura dos ossos e a delicada rede de vasos sanguíneos. Ele faz sua incisão, cortando, cortando sem hesitar. Clive Barker é um cirurgião das palavras. Ele sabe como o corpo humano pulsa. Ele sabe como o sangue quente se expande por veias, artérias e músculos. Todos abraçados por uma fina membrana de pele. E então jorra... Um nome marcado a sangue na memória de todos os leitores macabros que mergulharam nas imagens sombrias e viscerais criadas pela mente de um grande artista, Clive Barker é inigualável em sua criação. A Macabra Filmes, em parceria com a DarkSide® Books, avança mais um passo no sonho dos fãs de horror no Brasil: a antologia de Livros de Sangue chega em seu segundo volume com o tratamento ímpar que o mestre merece. Neste segundo volume, Barker combina o comum com o extraordinário enquanto irradia o erotismo que virou sua assinatura.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Livros de Sangue - Vol. 2 lançado pela editora DarkSide Books. O livro é de autoria de Clive Barker e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.




Seguindo o mesmo estilo do primeiro volume, Livros de Sangue - Vo. 2 evoca das profundezas do inferno mais cinco contos escritos pelo célebre Clive Barker. Autor de Hellraiser  e A Lenda de Candyman, o homem traz consigo uma escrita única e envolvente, que mistura o terror mais sádico junto com uma prosa provocante e, até certo ponto, irresistível. 

Falei um pouco mais sobre como eu gostei da escrita do Barker na resenha do primeiro livro dessa série que a DarkSide está publicando, caso queira saber mais sobre ela você pode conferir abaixo ou clicar no link 


"Conforme você vai conhecendo a obra do autor, é fácil identificar um texto do Clive simplesmente pela escrita: a forma como ele tece a história é bem única, misturando uma mitologia sanguinária a uma narrativa extremamente envolvente e visceral. Desse autor eu já tinha lido o conto Candyman, que inclusive entrou pra lista de melhores do ano em 2020.

Minhas expectativas para essa primeira parte da antologias estavam altas, e Clive conseguiu atender todas elas nos contos que se seguiram. No primeiro conto (que tem como título o nome do livro), o autor nos ambienta em uma história da qual será necessária para se entender todas as outras:

Uma equipe realiza algumas filmagens em um local - uma casa - dita como amaldiçoada. Entre eles existe um homem que supostamente é capaz de ter contato com forças sobrenaturais, e mesmo toda a produção sabendo que ele é um charlatão, tudo segue no seu ritmo até o homem sofrer um... ataque. A pele do seu corpo é violentada por uma força invisível, nela surgem diversas escritas como se sua pele fosse feita de papel. 

Assim, o homem se torna o livro de sangue, e as histórias que os espíritos trazem são, no mínimo, aterrorizantes. "

Neste segundo volume nós temos mais cinco histórias novas. "Pavor" abre este livro com todos os elementos descritivos narrados acima, onde o protagonista se coloca de frente ao seu maior medo, e em muito podemos associar a sua agonia com a nossa ao ler. Já em "Evento do inferno" temos um Barker mais sarcástico e, até mesmo, divertido. Seu humor cruel se dá em uma corrida maluca, onde demônios e humanos apostam um racha e o resultado irá determinar se o apocalipse irá acontecer ou não. 


Mas acredito que o que eu mais tenha gostado foi do último conto "Novos assassinatos na Rua Morgue", que serve de continuação para a célebre trilogia de contos investigativos de Alan Poe, nessa história temos o sobrinho neto de ninguém menos que o "real" detetive Dupin (que protagoniza as histórias de Poe), que já na terceira idade, tenta auxiliar um amigo que foi acusado de ter matado uma jovem. 

Achei incrível como Barker consegue pegar as principais características do brilhante conto de Poe e reproduzi-las de maneira autoral e única, com um desfecho sombrio que, assim como Poe, flerta com o sobrenatural. 

Oferecendo o melhor da escrita de Clive Barker, estou maravilhado com o horror presente nessas páginas encharcadas de sangue, também estou aguardando ansiosamente pelos próximos volumes! 

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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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