MAR INQUIETO
Autor(a): Yukio Mishima
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 188
Ano de publicação: 2020
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O jovem pescador Shinji conhece Hatsue, uma mergulhadora de beleza inquietante, na orla da praia de Utajima, onde mora com a mãe e o irmão. Hatsue é filha de Terukishi Miyata, um dos homens mais ricos da pequena vila pesqueira japonesa. Shinji e Hatsue se apaixonam e frustram a vontade do pai da garota de vê-la casada com Yasuo, pretendente a quem ela fora prometida. Tem início uma história de amor proibida, de desenlace imprevisível. Mar inquieto acompanha as venturas e desventuras do jovem casal, que logo faz pensar em Romeu e Julieta. No embate com os obstáculos que colocam em perigo seu amor, Shinji e Hatsue assumem feições exemplares, que os transportam do mundo do romance para o universo da fábula. Publicado em 1954, Mar inquieto confirmou a reputação de grande narrador que Yukio Mishima conquistara com seus primeiros livros. Em contraste com as obras complexas e polêmicas que, poucos anos antes, haviam proporcionado um sucesso clamoroso ao autor - como Confissões de uma máscara e Cores proibidas -, este romance breve impressiona pela singeleza de seu tom e pela discrição de um estilo cristalino. O livro ganhou adaptações para o cinema, a primeira delas realizada pelo diretor Senkichi Taniguchi no mesmo ano de lançamento do livro.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Mar inquieto lançado pela editora Companhia das Letras. O livro é de autoria de Yukio Mishima e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Dando continuidade ao especial de livros de Yukio Mishima, um dos autores mais prestigiados da literatura japonesa, conversaremos então sobre o livro "Mar inquieto", segundo livro do autor que estou lendo e resenhando aqui pra vocês! Ao contrário do "Cores proibidas", primeiro título resenhado, "Mar inquieto" foi um livro extremamente fácil de ser lido, do qual a experiência eu irei compartilhar aqui com vocês, mas antes falarei um pouco sobre a história do livro.
Conhecemos então a pequena ilha de Utajima em um Japão pós- segunda guerra. Utajima se consiste em uma pequena população de pescadores que passam seus dias em uma rotina regrada ao redor da natureza. É nesse cenário bucólico que conhecemos Shinji, um jovem rapaz que mora com a mãe e o irmão; Shinji trabalha em um pesqueiro e dali retira o dinheiro necessário para auxiliar sua família.
Nascido e crescido naquela ilha, Shinji conhece todos os moradores pelo rosto e pelo nome, hábito comum em uma sociedade tão pequena quanto aquela. No entanto, é na orla de uma das belíssimas praias da ilha que Shinji encontra um rosto do qual não conhece, um belíssimo rosto cuja dona, ele irá descobrir, se chama Hatsue.
Hatsue passa, então, a ser uma espécie de obsessão de Shinji, e conforme os dois vão se conhecendo, o rapaz descobre que a moça é filha de um dos membros mais ricos e influentes daquela ilha. Um relacionamento surge, todavia ele não é muito bem-visto por alguns moradores daquele local, e isso o tornará muito difícil de ser concretizado.
Em uma história que beira um conto de fadas ou então um Romeu e Julieta oriental, é impossível não se apaixonar pela forma como Yukio consegue tecer um romance tão belo e poético quanto "Mar inquieto". Completamente diferente da última leitura que fiz o autor, esse livro é uma exaltação do amor, da beleza e, principalmente, da natureza.
Isso porque a ilha de Utajima parece ter uma voz própria nesse livro, e em muito ela auxilia para o amor entre o jovem casal florescer. Por mais que tanto Hatsue quanto Shinji sofram por adversidades em suas jornadas - como fofocas entre moradores e os familiares de ambos - a ilha em si exalta uma aura de amor e de pureza que torna a leitura um prazer imenso.
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