Autor(a): A.C.H Smith
Editora: DarkSide Books
A jovem Sarah não aguenta mais servir de babá para seu meio irmão, o pequeno Toby, e como brincadeira deseja que o bebê chorão desapareça. O que deveria ser apenas uma provocação acaba se tornando real como um pesadelo. O Rei dos Duendes atende prontamente ao seu pedido, e leva o menino para um universo paralelo configurado como um gigantesco labirinto.
Agora, Sarah precisa correr contra o tempo se quiser mesmo salvar seu irmão. Ela só tem até a meia-noite para impedir que Toby se transforme de vez em um duende. E, na verdade, Jareth tem outros planos para Sarah: ele está a procura de uma rainha para ficar ao seu lado e ser amada por todos na Cidade dos Duendes.
Depois que seu pai sai de casa, Sarah vai até o quarto de Tobby para ver se o menino está dormindo, ao encará-lo durante muito tempo o menino acorda e começa a chorar sem parar. Desesperada, Sarah deseja que o menino sumisse, nunca tivesse existido! Obviamente nada aconteceria... ou será que não?
O que Sarah não sabia era de que duendes estavam escutando suas lamentações durante todo o dia, e no momento em que ela enunciou a frase iniciada por "eu desejo...", sua prece foi atendida por ninguém menos do que o Rei do Duendes, Jareth!
Jareth então aparece para Sarah e lhe diz que seu desejo foi atendido, entretanto a menina tenta se explicar dizendo que não havia falado sério. Jareth pouco se importa, mas dá a chance da irmã recuperar o bebê Toby, pra isso ela terá que atravessar todo o labirinto e chegar ao castelo de Jareth. Tudo isso em treze horas!

Pra começar, não tem como falar do livro O Labirinto sem falar do filme de 1986 com David Bowie, isso porque a escrita do livro foi inspirada no clássico do cinema. Estranho, não é? Geralmente é ao contrário, mas a versão do livro faz um ótimo trabalho em ampliar a mitologia criada em 86 pelo longa.
Todos os elementos que nos fizeram criar um amor gigante pelo filme estão presentes nas páginas: os personagens excêntricos, os cenários fantasiosos e toda a aura alucinógena compõem o plot da narrativa.

Me lembrei muito de Alice no País das Maravilhas lendo esse livro, isso porque a jornada da Sarah lembra muito a da própria Alice. Toda a ambientação e criação de personagens secundários remete muito a isso também, como a minhoca gigante que dá conselhos a Sarah, o duende que tem uma relação de amor e ódio com a protagonista e etc.

Peguei O Labirinto para ler depois de uma leitura pesada e foi a melhor coisa que eu fiz, a fantasia é muito gostosa de ser ler e desenvolve bem rápido! Recomendo muito.
