4 de junho de 2021

RESENHA: FUNDAÇÃO

 





FUNDAÇÃO 
Autor(a):  Isaac Asimov
Editora: Aleph

Páginas: 320
Ano de publicação: 2020
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Há doze mil anos, o Império Galáctico reina, absoluto, sobre todos os mundos habitados. Mas esse reinado ignora um futuro terrível: uma crise levará a humanidade a uma era sombria de ignorância e barbárie que se estenderá por milênios. O único homem a prever a tragédia é Hari Seldon, que a partir de uma ciência recém-descoberta, a psico-história, cria um plano para preservar todo o conhecimento humano e evitar o declínio da civilização. Esse plano será a última esperança da humanidade e deverá ser colocado em prática, através dos séculos, pelos membros da Fundação. Publicado originalmente em 1951, Fundação permite o encontro da grandiosidade temática inspirada por Declínio e queda do Império Romano, de Edward Gibbon, e as situações únicas de exploração do cenário galáctico e futurístico, retratando como isso reflete nos caminhos da humanidade. Bem-vindo à Fundação.
 
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Fundação lançado pela editora Aleph. O livro é de autoria de Isaac Asimov.



70 anos. Em 2021 comemoramos 70 anos do lançamento do primeiro volume da maior série de ficção científica de todos os tempos. A trilogia d'A Fundação (que logo se expandiu para mais livros), é impressionante ver como Isaac Asimov escreveu uma obra a frente do seu tempo, sendo um vanguardista do movimento de literatura de ficção científica-política que inspirou outros grandes séries - como Star Wars, por exemplo. 

Bom, nesse primeiro volume nós conhecemos o Império Galáctico. Centro absoluto de poder, o Império exerce sua grandiosa influência a mais de doze mil anos através de inúmeros sistemas solares. Seu alcance se estende por centenas de milhares de civilizações e toda sua estrutura parece inabalável. 


É com esse conhecimento que Gaal Dornick chega a Trantor, o planeta sede do Império. O planeta é inteiramente dedicado a ser um órgão governamental do Império, sendo que nele habitam cerca de 40 bilhões de pessoas. O trabalho de Gaal, no entanto, é um grande mistério. Tudo se faz mais claro quando o líder de Gaal aparece, um psico-historiador chamado Hari Seldon que, através de seus estudos de estatística, prevê que o Império irá entrar em colapso nos próximos trezentos anos. 

Segundo Seldon, o colapso será tão devastador que, caso nenhuma medida seja tomada para amenizá-lo, o Império irá se dissolver pelo período de trinta mil anos. Logo, o psico-historiador traça um plano para aliviar as consequências desse ato tão terrível: uma colônia criada em um planeta remoto que terá como função catalogar todo o conhecimento possível. 


Composta por cientistas de diversas vertentes, a Fundação é estabelecida nesse planeta remoto como uma sociedade apolítica, cujo único propósito é de catalogar, e publicar conhecimento. Todavia, conforme os anos vão passando o cenário que ronda aquela sociedade parece se complicar cada vez mais.

Por se tratar de uma ficção escrita a cerca de 70 anos, confesso que estava um pouco receoso de começar a ler essa série tão famosa. Medo da escrita ser rebuscada demais ou então a história estar datada demais... Pois bem, fiquei feliz ao ver que estava enganado em achar tais coisas. Já fui atraído pela leitura desde o primeiro capítulo, Asimov escreve de forma direta e contemporânea, tanto é que já no começo podemos ter noção da magnitude do Império e também do plot político no qual ele gira. 


Política é uma coisa que você vai ver E MUITO nesse primeiro volume, portanto caso queira uma série de ficção com cenários de batalhas e lutas mais violentas... lamento, mas você terá que procurar em outro lugar. O foco de Asimov é nos diálogos e na forma como eles conseguem resolver (ou incitar) conflitos e guerras. Isso o autor consegue fazer com uma maestria assustadora. 

Já com relação a estrutura do livro, me surpreendi um pouco. O livro é divido em partes, sendo que entre cada uma delas existe um lapso temporal diferente, temos então Fundação em diferentes momentos - desde sua criação até cerca de 100 anos após sua origem - com isso nós testemunhamos o nascer de uma nação! Esse elemento é bem interessante, mas pode ser um tanto confuso visto que conhecemos então uma série de personagens novos a cada parte narrada. 


Por fim, gostei muito do primeiro volume! Por mais que tenha sentido que o livro dá uma desacelerada no final, acredito que o segundo volume possa ser ainda melhor em explorar mais dos elementos ditos acima! A resenha do segundo volume irá sair em breve! Fiquem atentos!

Só uma nota: senti muita falta de personagens femininos, visto que o plot principal gira puramente ao redor dos homens... Coloco essa crítica como nota pelo pelo recorte histórico em que esse livro foi escrito.

Um comentário:

  1. Leo!
    Amo esse autor. Lembro que tinha pouco mais de 10 anos e era aficcionada por ficção e Asimov me guiou pela estrada fantástica do estilo. Vou ver se faço a releitura, afinal, faz mais de 40 anos que li... Vale apena, né? Ele é genial com ideias bem avançadas para a época.
    cheirinhos
    Rudy

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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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