Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler Contos do machado. O livro é de autoria de Maurizio Ruzzi
Abre este livro, leitor. Abre-o, e vê seu conteúdo. Não apenas olhes, mas vê...O que vais ver ao abri-lo? Histórias contadas com palavras e imagens, páginas compostas para serem tão apreciadas como lidas. Histórias passadas num tempo já ido, histórias por vezes manchadas de sangue, histórias de vida e de morte, de início, de fim e recomeço. Contos entrelaçados como elos de uma corrente, que tentam responder a uma questão simples: terão já sido escritos todos os livros? Com "Contos do machado" queremos dizer, queremos gritar que não, não! Muitos livros ainda podem ser escritos, muitas histórias podem ser contadas. Abre este livro, leitor, é o convite que te fazemos. Ou melhor, é um desafio, feito olhando no fundo de teus olhos, feito com toda a tensão que pode existir entre autor e leitor, com todas as expectativas, desgostos e surpresas que esta relação pode trazer. Mas, sobretudo, feito estritamente dentro do código de honra da literatura: todos os golpes serão no coração.
Vamos ao post, mas antes leia o livro aqui.
Se você gosta de narrativas brutais, ambientações medievais e simbologias profundas, Contos do Machado é uma leitura que merece sua atenção. Nesta coletânea, Maurizio Ruzzi transforma um simples machado em um verdadeiro eixo narrativo, explorando a relação dos personagens com essa arma ao longo dos séculos. Mas o que torna essa leitura tão especial? Aqui estão três motivos para embarcar nessa jornada:
1. Um objeto como protagonista
Diferente da maioria dos livros de fantasia e contos medievais, onde guerreiros e reis dominam a narrativa, aqui o verdadeiro protagonista é um machado. A arma passa de mão em mão, testemunhando ascensões e quedas, batalhas sangrentas e momentos de introspecção. Ao invés de focar apenas nos personagens, Ruzzi usa o machado para explorar os desejos, medos e a moralidade daqueles que o empunham. Essa abordagem cria um fio condutor fascinante, que dá unidade à coletânea.
2. Narrativas fragmentadas e atmosfera autêntica
A estrutura do livro remete às tradições orais da Europa medieval, com histórias que parecem crônicas esquecidas ao longo dos séculos. A sensação é a de estar lendo relatos de viajantes, ferreiros e guerreiros, todos entrelaçados pelo destino do machado. Esse formato fragmentado torna a experiência de leitura imersiva e INCRÍVEL.
3. Estilo visceral e ilustrações impactantes
A escrita de Ruzzi é densa e cinematográfica, equilibrando momentos de brutalidade com reflexões profundas sobre o poder e a destruição. O texto ganha ainda mais força com as ilustrações de Juno Hedel, que capturam a essência sombria e violenta do universo criado pelo autor. Os desenhos enriquecem a leitura, é impossível não nos sentirmos naqueles vilarejos perdidos e campos de batalha tomados pelo caos.
E aí, ficou curioso? Comece agora mesmo a ler esse livro!