Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler Quarentena — Contos Isolados. O livro é de autoria de Maurizio Ruzzi.
Tantas vezes foi dito que a ficção imita a vida, e também que a vida imita a ficção. Quem imita quem? É tão difícil responder essa pergunta como é responder quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? A vida sempre cria novas situações, aparentemente impossíveis e impensáveis. Mas quanto disso é consequência da ação de pessoas que, sabendo ou não, agem sob o efeito da literatura? Porque a maneira como elas veem o mundo ? a própria estrutura de suas ideias ? veio da literatura, como a história do lobo mau que viram quando criança e o filme de ficção que recentemente as deixou boquiabertas no cinema (ou na Netflix!). Esse ciclo corre solto, sem parar, vida e ficção, ovo e galinha, um nascendo do outro, eternamente. Quarentena Contos Isolados é um novo elo nesse ciclo, 13 contos inéditos que conversam com a ficção científica e a crônica, surgidos assim que a vida acabou de fazer uma curva inesperada. ...Só que nós não contamos com a capacidade que as pessoas têm de corromper as coisas. As pessoas corrompem tudo, as pessoas corrompem a morte. Diabos, as pessoas corrompem até o capitalismo.
Vamos ao posta, mas antes leia o livro aqui.
1. Retrato direto de um momento histórico
m Quarentena: Contos Isolados, Maurizio captura com precisão a essência de um dos períodos mais desafiadores que vivemos. Entre medos reais e absurdos insólitos, os 13 contos transformam os eventos e as emoções da pandemia em literatura, abordando desde convivências sufocantes até atitudes extremas, como no conto "Floripônia". É impossível não se reconhecer em algum trecho – seja nas ironias do cotidiano ou nas situações que extrapolam os limites morais.
2. Histórias breves, mas marcantes
Diferente do seu trabalho anterior, Espaço Profundo, que trazia contos mais longos de ficção científica, aqui Ruzzi opta por narrativas curtas e certeiras. Mesmo com menos espaço, cada história consegue entregar um impacto potente – da inquietação em um elevador parado ao surreal de negociar caixões durante a crise. Os contos são pequenos fragmentos que, unidos, formam um panorama do extraordinário nascido do banal.
3. Irônico, humano e profundamente reflexivo
Maurizio usa a crônica como veículo para não apenas narrar os acontecimentos, mas questionar e reinterpretar a natureza humana. Ele nos faz rir, nos desconforta e, sobretudo, nos faz pensar sobre como reagimos a situações extremas. Com uma dose certeira de sarcasmo e crítica, o autor oferece uma perspectiva única sobre o caos recente, e o resultado é impossível de ignorar.
E aí, ficou curioso? Comece agora mesmo a ler esse livro!