Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler Amor sublimado dum poeta, lançado pela editora Primeiro Capítulo. O livro é de autoria de Amilton Conté Compre o livro clicando aqui.
O Poeta Podemos igualar o poeta às culturas dos pretos Sem discriminar dizer que a Cultura é a poesia Que a poesia é o falar ou comunicar das etnias. Em canções tradicionais, contos vistos em mitos Palavras e desejos dum poeta para o poeta digno O poeta consegue ver além da visão do homem O poeta consegue ver o tempo mover-se em O poeta narra o tempo como o parceiro maligno Só o tempo é capaz de dialogar com esse árbitro É no tempo que as saudades e o amor se perdem O vazio existe porque o poeta é vago por dentro Mas o poeta é esse que vive cevando da imaginação O poeta? Eu sou o poeta! Tu és? Nós também! Esse que alimenta a imaginação com a narração.
1. É uma peça que se lê como confissão
Logo nas primeiras páginas, a gente já entende que não está prestes a ler um texto qualquer. O prólogo é uma espécie de carta não enviada, onde o autor se abre com honestidade quase desconcertante. Ali, Conté revisita a origem da sua dor — uma juventude marcada por perdas, silêncios e amores impossíveis. E é nesse território de ausência que ele planta as sementes do que virá a ser a peça. A dor aqui não é encenada. Ela é real, presente, e se espalha pelas falas como se buscasse, o tempo todo, um nome.
2. O amor é personagem, ausência e também linguagem
Em Amor Sublimado dum Poeta, não existe resposta fácil. O amor é aquilo que resta quando tudo já parece perdido. É o não-dito entre Gustavo e o Cego. É o gesto de lealdade, a saudade não resolvida, o afeto que tenta sobreviver ao trauma. A peça não tem pressa de conduzir o leitor até algum desfecho catártico. Pelo contrário: ela deixa espaço para o silêncio, para a insegurança, para aquilo que não se pode traduzir com palavras. E é justamente aí que está sua força — no que ela não explica, mas faz sentir.
3. A escrita de Conté é bruta e delicada ao mesmo tempo
Conté não tenta impressionar com floreios. Ele mistura lirismo, referências bíblicas e frases do cotidiano com uma naturalidade que emociona. Os diálogos são vivos, cheios de hesitação e humanidade. Quando o Cego se declara com frases como “foste a única pessoa que aceitou ser meu amigo, meu companheiro, meu irmão”, é impossível não sentir o peso do que está sendo dito. A peça parece ter sido escrita pra ser lida com o peito aberto, sem filtro. E, no meio disso tudo, Conté nos lembra que o amor, mesmo imperfeito, mesmo à beira do fim, ainda é capaz de sustentar.
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