Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler Velhice Sinistra, lançado pela editora Ipê das Letras. O livro é de autoria de Gil Camargo. Compre o livro clicando aqui.
Atravessar o período mais conturbado da vida brasileira e ter, no meio dessa jornada, perdido o pai, amigo querido, me instigou a escrever sobre o envelhecimento retratando-o através de memórias, perdas e reflexões sobre a passagem do tempo. Busco explorar o luto, as relações conflitantes mas saborosas entre amigos oferecendo os testemunhos todos da experiência de quase sete décadas de vida. Principalmente antagonizando fragilidades com as necessárias resistências. O objetivo da narrativa é, através de quatro amigos, mostrar o processo de envelhecimento, de perda, de amarguras e decepções, sem detrimento de descobertas, paixões e alegrias. Tento descrever encontros e reencontros entre amigos que têm em comum a busca pela solidariedade, pela inclusão e respeito às pessoas através do afeto. Alternando humor, prazer e melancolia, faço um convite à reflexão e à recuperação dos momentos marcantes vivenciados pelos personagens. Entendo que neste livro a velhice é retratada de maneira realista e dolorosa, mas também respeitosa. Não há intenções de romantizar o envelhecimento e sim apresentá-lo como um processo inevitável que requer aceitação e, às vezes, resignação. Por fim o livro pretende ser
1. Um retrato sincero e necessário do envelhecimento
Se tem uma coisa que Velhice Sinistra faz bem, é não maquiar a velhice. Esqueça romantizações. Gil Camargo escreve sobre esse período da vida com uma honestidade que incomoda, mas também acolhe. O livro olha de frente para o corpo que falha, para a solidão, para o luto — mas também para a dignidade que resiste mesmo nos dias mais difíceis. Tudo isso sem cair no sensacionalismo ou no dramalhão. É direto, realista e, por isso mesmo, tocante.
2. A memória como elo entre o pessoal e o político
A narrativa acompanha quatro amigos — Nádia, LP, Vlad e Pedro — desde a juventude até a velhice. E enquanto suas vidas se desenrolam, o Brasil também muda. Ditadura, redemocratização, crise política, pandemia. Todos esses marcos aparecem de forma orgânica, atravessando a história desses personagens de um jeito que mostra como o tempo coletivo também molda os dramas individuais. A escolha de começar o livro a partir de uma perda só deixa isso mais forte: a memória vira uma âncora emocional e política.
3. Amizade, resistência e o valor do afeto
Mesmo quando o cenário é de perda e incerteza, Velhice Sinistra encontra espaço para celebrar o que há de mais humano: as conexões que nos sustentam. A amizade entre os protagonistas é o fio condutor da narrativa, uma força silenciosa que resiste ao tempo. Em tempos de pandemia e isolamento, essas relações ganham um peso ainda maior. O livro nos lembra que, m
E aí, ficou curioso? Comece agora mesmo a ler esse livro!